Quinta-feira, 05/05/2016
Trabalho de análise de vídeos é aliado importante da comissão técnica vascaína na Liga Ouro
A importância da análise de vídeo dentro de qualquer esporte já não é mais novidade. No basquete, este trabalho se tornou peça fundamental para treinadores observarem a forma de atuar coletiva e individual da equipe adversária, além de poder fazer correções em seus próprios times. Em São Januário, este procedimento é muito valorizado e feito cuidadosamente pelo comandante Christiano Pereira e seu auxiliar Cássio Santos.
O assistente do técnico cruzmaltino é responsável por editar, entregar e ajudar na análise do conteúdo distribuído aos jogadores. Na próxima sexta-feira (06/05), um dia antes do confronto decisivo contra o Campo Mourão (PR), o time irá se reunir para estudar o elenco adversário. O Gigante do Basquete busca a liderança em dois confrontos contra o clube paranaense, em São Januário, nos próximos dias 07 e 09.
No regulamento da Liga Ouro, é necessário que o clube mandante filme as partidas e deixe à disposição para que os adversários possam usufruir do conteúdo. Ao receber a filmagem, Cássio começa a desenvolver seu trabalho, iniciando pela edição, encurtando o tempo do vídeo para que fique mais acessível aos atletas. Logo após, o auxiliar envia o vídeo individualmente para cada jogador, para que eles possam fazer uma análise prévia das imagens. Antes dos jogos, o elenco se reúne com Christiano e Cássio e o vídeo é exibido, enquanto o treinador e seu auxiliar examinam o conteúdo e conversam com os atletas.
– Sempre tem coisa nova para observar. Desde a primeira vez que o Christiano comentou comigo sobre este trabalho, eu me interessei, procurei saber qual a melhor forma de fazer e fui me aperfeiçoando. É importante para o atleta ter a visão do treinador e do auxiliar para poder melhorar a produção individual e coletiva em quadra. Eu faço a observação de cada jogador do time adversário e da equipe no geral e passo para os atletas. A parte do time, conversamos na palestra com o vídeo antes dos jogos. A questão individual, procuro falar com os jogadores em particular, para deixá-los atentos com quem cada um irá marcar, suas características, tudo que possa fazer com que ele tenha uma desenvoltura melhor na partida disse Cássio.
Na atual competição nacional, em que o Vasco disputa seu retorno à elite do basquete brasileiro, o esquema de sempre ter dois jogos em sequencia, com um intervalo de um dia, faz com que o trabalho de edição e análise seja feito com velocidade, principalmente no intervalo do primeiro para o segundo duelo. O técnico vascaíno conversou com o Site Oficial e deu detalhes do trabalho.
– Geralmente, para o segundo jogo, nós acabamos focando mais em cima dos nossos erros para mostrar que o que foi combinado, acabou não sendo cumprido em determinado lance. Obviamente, mudam algumas situações de cada equipe de uma rodada para a outra, até mesmo na questão tática. Mas, o básico de cada time é mantido. Ninguém altera tudo de uma semana para a outra no basquete. Isto é praticamente impossível de ocorrer. Então, temos sempre uma base boa para saber a postura de cada equipe em quadra destacou Christiano.
Além da observação feita no time adversário, o cuidado em notar os erros da própria equipe também é essencial. Os próprios jogadores costumam procurar a comissão técnica com o intuito de analisar seus erros em quadra, para iniciar trabalhos específicos em torno da melhora daquele defeito. Não só a parte individual, mas a parte coletiva do time cruzmaltino também é analisada. Ricardinho, jogador mais experiente do grupo, confirmou a importância da observação dos vídeos.
– Ajuda muito. Às vezes podemos ter alguma dificuldade em entender o que o treinador está passando e vendo a imagem em conjunto com o que ele está falando, acaba melhorando o entendimento. Isto ficou nítido, por exemplo, da estreia para o segundo jogo contra o Ginástico. Vimos nossos erros de defesa e corrigimos para o jogo seguinte, onde fomos muito melhores e conseguimos vencer analisou Ricardinho.