1923 – O Clube conquista o Campeonato Carioca, organizado pela Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT), no seu ano de estreia na principal categoria da mais importante liga de futebol da cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Com um time formado pelas camadas populares, os lendários Camisas Negras, o Vasco venceu a competição de forma avassaladora. O feito histórico vascaíno irá revolucionar o futebol carioca e brasileiro, e tornar-se um marco na luta contra o racismo, preconceito social e a xenofobia (o antilusitanismo).
1924 – No dia 07 de abril, o Clube, através de seu presidente, José Augusto Prestes, emite o Ofício n.º 261, a famosa “Resposta Histórica”. No documento, que foi aprovado de forma unânime pela diretoria vascaína, o Vasco se nega e excluir 12 jogadores de futebol (7 do time principal e 5 do segundo quadro) a pedido da Comissão Organizadora (formada pelos presidentes dos clubes fundadores da entidade) da nova liga de futebol criada pelos outros grandes clubes: a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA). A postura vascaína representa a sua conduta inabalável na defesa de um esporte democrático, acessível a todas e todos, e no combate a qualquer forma de preconceito.
Vasco e Observatório juntos na luta contra o racismo
Devido a grande incidência de casos de intolerância racial, o Observatório da Discriminação Racial no Futebol tem o objetivo de monitorar e divulgar, através de seus canais, os casos de racismo no futebol, assim como ações informativas e educativas que visem erradicar a intolerância que tanto macula a democracia das relações sociais.
O racismo no futebol precisa ser tratado com extrema seriedade e o Observatório almeja tornar-se uma organização que promova o diálogo entre clubes, entidades, torcidas e movimentos sociais; através de conferências, workshops e seminários entre outros eventos, e assim fomentar ideias e buscar sugestões para combater a discriminação.
O Observatório acredita que o esporte mobiliza e transforma vidas em todo o Brasil. Ele contribui para a aprendizagem e proporciona mais qualidade de vida, bem-estar e saúde a crianças e adultos. O futebol gera emprego, multiplica renda e é um importante fator de inclusão social. Além disso, pode ser um agente mobilizador em prol de diferentes causas da sociedade, entre elas a discriminação racial.
Assim como o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, o Vasco da Gama entende que apoiar a luta contra o racismo é essencial para construir uma sociedade mais justa e inclusiva. Essa luta faz parte da história do clube, desde o século passado, desde os Camisas Negras. O Observatório depende da colaboração de todos nós para persistir nessa importante missão. Junte-se a nós nessa busca por Respeito, Igualdade e Inclusão.