Terça-feira, 08/02/2022
Anderson Conceição explica motivo pelo qual cedeu a braçadeira e fala sobre liderança
O zagueiro Anderson Conceição atendeu aos jornalistas e concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (08/02), no CT Moacyr Barbosa. Com a ausência de Nenê no jogo diante do Madureira, Anderson Conceição começou o confronto como capitão da equipe. Na segunda etapa, o camisa número quatro cedeu a faixa de capitão para o lateral-direito Léo Matos que substituiu Ulisses. Conceição explicou o motivo de ter cedido a faixa e avisou que se tiver que acontecer de novo, ele irá repetir o feito.
– Na minha cabeça sempre passa que pessoas que estão há mais tempo no clube têm que ser respeitadas. Venho de outros clubes, joguei na Europa e lá observei muito isso, respeitar quem estava antes. Não temos vaidade no grupo, a liderança é do mais novo ao mais velho. Senti que tinha que passar a faixa para o Léo, um cara que agrega muito para o grupo. Não foi nada pensado, apenas o que vivi em outros clubes e achava legal. Se tiver que acontecer de novo, vou fazer do mesmo jeito – disse Anderson Conceição.
Após o jogo de estreia do Vasco diante do Volta Redonda, circulou nas redes sociais um vídeo da mãe do zagueiro vascaíno vibrando muito durante a partida. Anderson Conceição disse que a Dona Nely é torcedora do Cruzmaltino e que por isso ela está se sentindo ainda mais realizada. O zagueiro revelou ainda que no fim do mês ela vem para o Rio de Janeiro para poder vê-lo jogar.
– Minha mãe é Anderson Futebol Clube, todo jogo ela manda mensagem motivacional, ora comigo. É minha torcedora, sempre me apoiou. Por estar vestindo a camisa do nosso time de coração ela está mais realizada. Fim do mês ela vem para cá, vou levar ela no estádio pra me ver jogar, muito legal realizar o sonho dela me vendo jogar com a camisa do Vasco – revelou o defensor.
Nas primeiras quatro rodadas do Campeonato Carioca notou-se a liderança apresentada por Anderson Conceição na defesa vascaína. O novo zagueiro avaliou que isso é conquistado no dia a dia e revelou procurar ser profissional para que os jovens me olhem e pensem que precisam fazer igual, trabalhar para melhorar.
– A liderança é mostrada no dia a dia, como você trata as pessoas. Eu procuro ser profissional para que os jovens me olhem e pensem que precisam fazer igual, trabalhar para melhorar. A liderança é junto com os outros. Eu joguei quatro jogos aqui, parece que estou há bastante tempo jogando. Procuro me adaptar o mais rápido, em busca do entrosamento.
Confira outros trechos da coletiva:
São Januário
– Quando cheguei no vestiário deixei minhas coisas e subi no campo. Passou um filme na cabeça, olhei para baixo da arquibancada, onde morei, e estar pisando ali, jogando com a torcida do Vasco, foi realizar um sonho de moleque. Estou feliz com esse início, mas vamos continuar com os pés no chão, porque a caminhada é muito longa.
Segredo do time
– É a entrega em campo, os jogadores que estão chegando com vontade e gana de fazer um Vasco novo para voltar ao seu lugar. As coisas estão acontecendo bem, mas ainda tem muita coisa pela frente, vão chegar jogadores. O que temos que fazer é manter esse espírito em campo, aguerrido, manter a torcida do lado, porque isso nos faz muito forte.
Torcida
– Torcida tem feito uma festa muito bonita, canta o jogo inteiro e isso nos impulsiona a querer dar mais. Às vezes chego cansado no meio do jogo, e a torcida canta e me faz querer correr mais.
Esquema com três zagueiros
– Eu já rodei por vários lugares, trabalhei com muitos treinadores e esquemas. O Zé deixou claro que gosta de mudar. Subi com o América-MG jogando no 3-5-2, jogamos muito bem, time muito ofensivo. No campo do Madureira, por exemplo, sabíamos que o time jogava muito na bola aérea, depende muito do jogo e do campo, acho que lá conseguimos neutralizar os pontas e dar sustentação para a defesa. O Zé é muito inteligente, entende de tática, temos que nos adaptar ao estilo que ele pedir. Independentemente do adversário e do esquema, acredito que vamos manter nosso espírito.
Diálogo com Cangá
– Linguagem da bola é mais fácil. Ele tem posicionamento muito bom, ele falou muito contra o Madureira, mas não dava para entender muito não (risos).