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Quarta-feira, 26/01/2022

Zé Ricardo elogia a estreia no Campeonato Carioca e fala sobre produção ofensiva da equipe

O técnico Zé Ricardo concedeu uma entrevista coletiva após a vitória por 4 a 2 diante do Volta Redonda. O comandante vascaíno falou sobre a estreia da equipe no Campeonato Carioca, elogiou o trabalho feito pela equipe adversária e revelou o que disse aos atletas antes da bola rolar.

– Acho que toda equipe que estreia numa competição, numa temporada, tem também uma margem de crescimento. A gente acredita também que possa aumentar essa margem de crescimento. Hoje tivemos uma partida muito difícil. Volta Redonda faz um dos melhores trabalhos, depois das quatro equipes grandes. Muito difícil jogar aqui. Lembrar que o Volta Redonda já vem trabalhando desde o dia 25 de novembro. Conseguiu fazer seis amistosos nesse período, e a gente conseguiu fazer apenas dois. Com isso, já era esperado que nós não apresentássemos 100% do nosso rendimento e daquilo que a gente acredita. Mas o que eu falei para eles antes do jogo era que a gente tinha que procurar fazer o máximo daquilo que trabalhamos. Se a gente fizesse isso, seríamos competentes para conseguir um bom resultado.

Zé Ricardo voltou a analisar o confronto e revelou qual o principal ponto positivo da equipe nessa estreia. O técnico avaliou que mesmo após o segundo gol adversário, o Vasco conseguiu controlar bem a partida e voltar de Volta Redonda com os três pontos.

Foto: Rafael Ribeiro/Vasco

– Fizemos um primeiro tempo que já era esperado o Volta Redonda pressionar a gente, exatamente por essa diferença de preparação e jogando em casa. A equipe tem muitos comportamentos ofensivos interessantes, e certamente passar daquele momento de pressão, e se assentar no jogo foi acho que o ponto principal da nossa equipe. Depois, na volta do segundo tempo, o quarto gol acabou nos dando tranquilidade. Apesar da gente tomar o segundo gol, acho que a experiência de alguns jogadores ajudaram a controlar a partida e levar os três pontos na primeira rodada – analisou Zé.

O comandante vascaíno avaliou positivamente a estreia do Cruzmaltino no Campeonato Carioca. Zé Ricardo disse que já sabia do risco de perder alguns jogadores por cansaço no decorrer da partida e falou sobre a retomada de confiança de alguns jovens atletas. Antes de finalizar, o treinador avaliou como positiva as transições ofensivas da equipe.

– Acho que algumas coisas nós conseguimos aplicar, mas até pela pressão da estreia, pelo tempo pequeno que nós tivemos, pela questão da confiança de alguns jogadores que estão vestindo a camisa do Vasco pela primeira vez, que é muito pesada, sabíamos que uns iam sentir mais que outros. Meninos que tiveram problema no ano passado, também dar confiança para que pudessem jogar. Muito disso acaba influenciando. Momento de construção a gente já conseguiu alguma coisa, de saída de bola. Tivemos um gol numa jogada ensaiada também, que a gente entendia que poderia acontecer e acabou acontecendo. As nossas transições ofensivas também.

Confira outros trechos da entrevista coletiva:

Elogios à garotada

O trabalho que é feito nas categorias de base do Vasco é de excelência. Temos aqui ótimas pessoas, que pensam a base com uma cabeça bem atual. Conhecemos a base, temos a ajuda de Carlos Brasil e do Eduardo Húngaro, que ficaram muito tempo nessa transição. A gente sabe que a transição base-profissional tem muitas armadilhas, e também muita responsabilidade. No futebol brasileiro, é muito comum atleta ser colocado no fogo, e ter que responder de imediato. O que a gente quer é proteger nossos atletas, sem ser paternalistas, mas a gente quer proteger nossos atletas, porque temos certezas que eles tem condições de responder a aqueles estímulos que nós damos a eles.

Ulisses e Juninho

Hoje fiquei muito feliz de ver o Ulisses, quase dois, três anos de entra e sai, sendo pouco efetivo. Ele estava um pouco tenso, natural. O Juninho fez a primeira partida no profissional que ele inicia e termina. Foi coroado com um gol muito bonito, mas fez uma partida bem acima da média, que talvez a gente esperasse do jogador. Ainda precisamos corrigir bastante coisa, mas fiquei muito feliz com o rendimento dele.

Nenê

O Nenê é um jogador que acaba ajudando muito nas fases do jogo, principalmente quando ele tem mais espaço para jogar. Com isso, a gente cria algumas movimentações para ele render mais, próximo do gol, dando assistências, pisando na área, além do carisma e liderança que ele tem. Hoje pensei em tirá-lo da partida, para preservá-lo. Ele teve Covid no início do ano, perdeu sete dias de pré-temporada, mas mesmo assim mostrou condição de chegar na idade que tem produzindo. Ele é um exemplo para todos nós, e por toda simbologia que ele tem, bem na partida, resolvi mantê-lo nos 90 minutos. Importante também o trabalho dos atacantes. Entendemos que futebol precisa de equilíbrio, e começa na parte da frente. Nenê se doou, fez a parte dele. Raniel também muito bem, quebrando a primeira linha. Figueiredo entrou também com essa mesma função. E mesmo não sendo especialista, tanto o Isaque pelo lado esquerdo, e o João Laranjeira conseguiram fazer o que a gente pediu para eles. Todos de parabéns pela entrega, certamente o rendimento tem muito a melhorar, mas o jogo que vai dando essas medidas para a gente, e dizendo onde a gente precisa atacar diariamente.

Pec e outros garotos

O Pec já tem mais números constantes no profissional, mas mostrou que pode ser fundamental para nossa temporada. Depois entrou o Figueredo, que vem numa confiança muito grande. Confirmou isso pressionando bastante os zagueiros do Volta Redonda, e ajudando também na recomposição. Tivemos infelizmente pouca participação do João Laranjeira. Riquelme também entrou. Acho que a gente precisa dar carinho para esses jogadores, sem ser paternalista, porque o futebol profissional exige que o atleta amadureça e se transforme muito rápido. Ainda mais num clube que vem pressionado, como é o Vasco. A torcida quer muito ver as coisas aconteceram, mas se tratando dos meninos, a gente precisa ter paciência, que vão render bons frutos ao clube.

Laterais

O Edimar e o Weverton já têm um entrosamento natural, por terem vindo da mesma equipe, o RB Bragantino, clube que a gente tem uma parceria interessante. São dois jogadores que sempre trabalharam em alto nível. Edimar tem experiência em times grandes, o Weverton ainda no início da carreira. A gente apostou nele porque é um jogador de muita capacidade física, que ainda está em evolução. Acho que o entrosamento deles é natural, além de algumas estratégias que a gente tem dentro do campo para aproveitar ao máximo os dois.


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