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Quinta-feira, 29/10/2015

Após conquistas em 90, Vasco inicia anos 2000 com vitórias sobre o Fluminense

Nos anos 2000, o que se tornou habitual na década de 90 continuou ocorrendo com frequência: vitórias cruzmaltinas sobre o Fluminense. No primeiro encontro entre os clubes nesta nova era, show de Romário, no Maracanã, pela primeira fase do Torneio Rio-São Paulo. O Baixinho fez dois e foi fundamental para a construção do placar de 2 a 1, no dia 27 de janeiro. Foram os primeiros tentos assinalados pelo ídolo da camisa 11, vestindo a Cruz de Malta, contra o Tricolor das Laranjeiras.
Alguns dias depois, também pela fase inicial da competição, no dia 09 de fevereiro, mais uma vitória. Desta vez, em São Januário, o Gigante da Colina bateu o rival por 1 a 0. Os dois resultados positivos serviram para sacramentar a maior sequência de vitórias em cima do time da Zona Sul na história, somando a quinta consecutiva. As outras duas foram em 1999, por 3 a 0 e 1 a 0, ambas pelo Carioca.
 
Foto: Acervo Jornal O Globo/2001
No Campeonato Estadual de 2000, a dupla Romário e Edmundo brilhou no Maracanã, no dia 02 de abril. Com um gol de cada, o futuro campeão brasileiro e sul americano daquele ano derrotou o Tricolor por 3 a 2. O gol que abriu o placar foi contra, marcado pelo zagueiro rival Luciano, em chute cruzado do Baixinho. Após este resultado, um revés pelo mesmo campeonato e depois dois empates pela Copa do Brasil. 
O ano seguinte foi de invencibilidade do Almirante, vencendo um confronto e empatando os outros dois. No começo, enquanto não encontrava o Vasco pela frente, o Fluminense não sabia o que era derrota em 2001. Até chegar o dia 11 de fevereiro, na partida do Campeonato Carioca contra o clube de São Januário. O ataque, formado por Euller e Viola, levava medo a qualquer adversário. Além da forte dupla, o Cruzmaltino tinha Pedrinho, que abriu o placar. Euller deixou sua marca encobrindo o goleiro e colocando números finais no jogo.
Souza foi o autor do gol do triunfo vascaíno em 2002, no dia 15 de maio, pelo Estadual. E em 2003, o atacante voltaria a ser decisivo contra o rival. Este ano, por sinal, foi mais um que o Gigante da Colina não teve nenhuma derrota contra o clube das Laranjeiras. Foram cinco duelos entre Campeonato Carioca e Brasileiro, terminando com a equipe cruzmaltina saindo vitoriosa em três e empatando as outras duas partidas.
Faziam parte do elenco vascaíno neste ano, nomes como o goleiro Fábio e o meio campista Léo Lima, revelações daquela geração, e de jogadores consagrados, como Petkovic, Marques, Marcelinho Carioca e Valdir Bigode. O sérvio saiu logo após ter sido campeão da Taça Guanabara, à caminho do futebol chinês, retornando a Colina Histórica em 2004.
Enquanto o Almirante não havia vencido nenhum clássico na competição, o Tricolor não somava derrotas. Na fase de grupo, os times empataram em 2 a 2. No primeiro jogo da final, no dia 19 de março, Marcelinho Carioca, o famoso “Pé de Anjo”, demonstrava vontade de ser campeão com o Cruzmaltino. Saíram dos pés dele as melhores oportunidades de abrir o placar, principalmente em bolas paradas, sua especialidade.
Depois de muitas tentativas de faltas frontais, o gol de Marcelinho sairia pelo jeito menos esperado. O arqueiro tricolor colocou para escanteio uma cobrança de falta batida pelo Pé de Anjo. O próprio correu para cobrar o córner e mandou direto, balançando as redes adversárias. A bola ainda tocou na cabeça do zagueiro, mas o árbitro confirmou o gol olímpico. Na segunda etapa, o lateral direito Russo achou Souza livre na área para aumentar o marcador. O rival ainda diminuiu com Alex Oliveira de falta.


Foto: Acervo Jornal O Globo 2003
O encontro decisivo aconteceu no dia 23 de março. Repleto de confusão por parte da arbitragem, a partida era tensa. Um gol mal anulado e um gol impedido validado para o Fluminense marcaram o primeiro tempo, finalizado em 1 a 1. O tento do camisa 10 Léo Lima deu início a vitória logo no primeiro minuto. O atleta tricolor Djair tentou uma inversão de jogo, a bola bateu na nuca do juiz e sobrou para Marcelinho Carioca bater com muito efeito no meio do gol. O goleiro espalmou nos pés da então jovem promessa de São Januário, que não perdoou.
Defesa menos vazada com 14 gols sofridos e melhor ataque com 33 gols, estufando o barbante em todas as partidas do torneio, o Vasco foi coroado com uma pintura no seu último gol naquela competição em que se tornaria campeão. Léo Lima, melhor em campo, veio com a bola pelo lado esquerdo da área adversária. Em uma rara jogada de habilidade vista no futebol, o jogador cruzou com perfeição, de letra, na cabeça de Cadu. O atacante ajeitou para Souza chegar de trás e empurrar para o fundo da rede, decretando mais um título cruzmaltino no Campeonato Carioca.


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Cruz de Malta

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