Sexta-feira, 03/02/2017
Base do Vasco é decisiva contra o Bangu
Poderia ser apenas mais um jogo em Moça Bonita, o primeiro passo rumo ao segundo tricampeonato estadual da história cruzmaltina, porém a partida entre Vasco da Gama e Bangu, pela segunda rodada da Taça Guanabara, se tornou histórica. Não pelo gol olímpico de Nenê, o primeiro da carreira do camisa 10, tampouco pelo resultado em si. A utilização de vários jogadores oriundos da base foi o grande marco do duelo da última quinta-feira (02/02). Sete jogadores revelados em São Januário foram escalados por Cristóvão Borges diante do Alvirrubro.
Mais importante que o expressivo número, o que evidencia o excelente trabalho desenvolvido na “Fábrica de Craques”, foi o desempenho dos pratas da casa dentro da partida. Todos foram decisivos e contribuíram para a conquista do primeiro triunfo no Campeonato Carioca. No gol, Jordi substituiu Martín Silva e não decepcionou. Além de defender um pênalti de Loco Abreu, o jovem arqueiro fez defesas providenciais no segundo tempo do jogo, quando a vitória vascaína ainda não estava garantida.
Campeão Olímpico, Luan teve uma atuação segura, anulando a maioria das investidas ofensivas do time adversário. Na esquerda, Alan Cardoso substituiu à altura o também prata da casa Henrique, desfalque de última hora. Evander, por sua vez, retornou ao time após uma lesão no tornozelo e saiu de campo aplaudido. Caçula dentre os Meninos da Colina, o jovem de 18 anos deu prosseguimento ao processo de adaptação em sua nova posição: volante. Ele, inclusive, empolgou os torcedores com desarmes precisos na etapa final.
Na frente, Guilherme e Thalles reviveram a parceria dos tempos de sub-20 e, ao lado de Nenê, comandaram as ações ofensivas do Gigante da Colina. Destaques do time júnior em sua última conquista nacional, a Taça Belo Horizonte de 2013, o meio-campista e o atacante balançaram as redes diante do Bangu. O primeiro chegou a se emocionar após ver sua testada certeira morrer no fundo das redes. O segundo, por sua vez, demonstrou oportunismo ao aproveitar cabeçada na trave de Bruno Gallo, prata da casa utilizado na etapa final.
A elasticidade de Jordi, a liderança de Luan, a ousadia de Alan, o operário trabalho de Bruno Gallo, a vibração de Evander, o choro de Guilherme e o oportunismo de Thalles. Idades diferentes, gerações distintas, mas sangue vascaíno nas veias e um objetivo em comum: levar o Gigante da Colina ao topo!