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Sexta-feira, 13/04/2018

Caminho do Tetra: Vasco inicia era de ouro com a conquista do Tri

Em 21 de dezembro de 1997, o Maracanã recebia mais de 90 mil vascaínos apaixonados, prontos para soltar o grito de campeão brasileiro.Vasco e Palmeiras entraram em campo para definir o melhor time do país naquele ano. Diferente do regulamento atual, onde o time que somar mais pontos é considerado o campeão, o torneio nacional era disputado no sistema do “mata-mata” naquela época. Dono da melhor campanha da primeira fase, o Cruzmaltino tinha a vantagem de levantar o troféu em caso de dois empates nos confrontos da final.

No primeiro duelo, em São Paulo, o placar foi de 0 a 0. No Rio de Janeiro, o Gigante da Colina confirmou o favoritismo, conseguiu o mesmo placar do confronto de ida, e se tornou tricampeão nacional. Nada mais justo para o time que teve o melhor ataque do torneio (69 gols), a maior pontuação (70 pontos), o maior número de vitórias (21) e o melhor jogador e artilheiro da competição (Edmundo, com 29 gols). Um dos heróis da conquista, o ex-goleiro Carlos Germano relembrou o feito cruzmaltino em entrevista ao Site Oficial.

– O nosso grande segredo em 1997 foi a mescla entre jogadores experientes e jovens oriundos da base. Nossa equipe contava também com atletas que se destacaram em clubes pequenos do Rio, como o Odvan, que veio do Americano, e o Nasa, que estava no Madureira. O time se tornou mais cascudo com as vindas do Mauro Galvão e do Evair. Ele se juntaram ao Edmundo, que já havia retornado. Não começamos o Brasileiro tão bem. Passamos por muitos altos e baixos na minha visão pela falta de entrosamento. Durante a competição, com o decorrer dos jogos, o conjunto se tornou forte e os jogadores passaram a ter mais afinidade. Isso fez o rendimento dentro de campo melhorar. Era difícil para qualquer time enfrentar o Vasco. Os números mostram nossa superioridade naquele ano. Fizemos a melhor campanha da primeira fase e também da segunda. O título veio para coroar todo o bom trabalho daquele ano – relembrou o ídolo Carlos Germano.


Edmundo e Evair infernizaram os adversários durante o Brasileirão de 97

O Brasileirão de 1997 teve sua primeira fase disputada por 26 times, com todos jogando contra todos em turno único. Ao final, os oito melhores se classificavam, e o Vasco, com um ataque avassalador, terminou em primeiro, com 54 pontos. As equipes que avançaram foram divididas em dois grupos de quatro, e o melhor de cada um iria para a final. No grupo A, o elenco vascaíno, que  contava com Edmundo, Evair, Ramon, Juninho Pernambucano, Pedrinho, Felipe, Carlos Germano, Luisinho, Mauro Galvão, entre outros, passou com sobras. Na partida que praticamente definiria quem se classificaria para a decisão, o Gigante da Colina aplicou uma sonora goleada de 4 a 1 em cima do Flamengo, com três gols de Edmundo. O Alviverde Paulista fez campanha similar, com cinco vitórias e um empate.

A decisão contra o Palmeiras foi tensa, marcada por muitas jogadas ríspidas, e, apesar do Vasco ter sido superior, o gol não saiu em nenhuma das duas partidas. Do outro lado também havia uma bela equipe, comandada por Felipão. Precisando de um gol, o Palmeiras até buscou bastante o ataque, mas foi parado pelo goleiro cruzmaltino Carlos Germano, o grande nome da finalissíma. O troféu vencido em casa não apenas coroou o grande campeonato do Vasco da Gama, mas iniciou uma fase de grandes conquistas daquela geração, resultando nos títulos da Libertadores do ano seguinte, da Mercosul de 2000, do tetra Brasileiro em 2000, do Rio –São Paulo de 1999 e Carioca de 1998.


FICHA TÉCNICA

Vasco da Gama 0 x 0 Palmeiras
Campeonato Brasileiro 1997- Final
Data: 21 de dezembro de 1997. 
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Público pagante: 89.200 (97.000 presentes) 
Renda: R$ 1.380.000,00 
Árbitro: Sidrack Marinho dos Santos (SE) 
Cartões amarelos: Edmundo, Zinho e Carlos Germano 
Vasco da Gama: Carlos Germano, Válber, Odvan, Mauro Galvão, Felipe, Luisinho, Nasa, Juninho Pernambucano (Pedrinho), Ramón (Alex), Edmundo e Evair (Nélson). Treinador: Antônio Lopes.
Palmeiras: Velloso, Pimentel, Roque Júnior, Cléber, Júnior, Galeano (Marquinhos), Rogério, Alex (Oséas), Zinho, Euller e Viola (Cris). Treinador: Luis Felipe Scolari.


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