Sábado, 14/04/2018
Caminho do Tetra: Vasco justifica favoritismo e faz a festa no Maracanã
Jogadores vascaínos posam para foto oficial antes da decisão- Foto: Eduardo Monteiro
A temporada, entretanto, não começou da forma que o clube de São Januário esperava. O Vasco da Gama chegou nas finais do Mundial de Clubes, do Campeonato Carioca e do Torneio Rio-São Paulo, porém não levantou nenhuma dessas taças, o que provocou mudanças no comando técnico. Oswaldo de Oliveira, que vinha de uma boa passagem pelo Corinthians, foi o escolhido para comandar o estrelado elenco.
Liderado por Romário, que encerrou aquela temporada como artilheiro do mundo e do Brasil com 76 gols, o Almirante fez a quinta melhor campanha da fase de classificação na Copa João Havelange, com direito a vitórias expressivas sobre rivais de grande magnitude. Nas oitavas de final, o Bahia apareceu como adversário e o favoritismo foi justificado. Após empate em Salvador, o Cruzmaltino venceu por 3 a 2 em São Januário.
O rival nas quartas de final foi o Paraná Clube e o Gigante da Colina tratou logo de abrir uma vantagem considerável no jogo de ida. O triunfo por 3 a 1 fez o time vascaíno entrar em campo mais relaxado em solo paranaense. O Tricolor da Vila até fez uma boa apresentação e balançou as redes com Reinaldo, porém não conseguiu reverter o placar e se tornou mais uma vítima da nova versão da “SeleVasco” na Copa João Havelange.
Equipe de melhor rendimento na fase de classificação, o Cruzeiro, dirigido por Luis Felipe Scolari, foi quem apareceu no caminho cruzmaltino na semifinal. O favoritismo da Raposa se tornou ainda mais forte quando o Almirante após a primeira partida terminar empatada em 2 a 2 em São Januário. Poucos acreditavam na eliminação dos mineiros dentro do Mineirão, ainda mais após a direção vascaína substituir Oswaldo de Oliveira por Joel Santana.
O que ninguém poderia prever, porém, era que entre os jogos da ida e da volta da semifinal um verdadeiro milagre fosse acontecer: a virada histórica contra o Palmeiras, na finalíssima da Copa Mercosul, em que o Vasco perdia por 3 a 0 e virou para 4 a 3. A memorável partida, que passou para a história como “A Virada do Século”, encheu o grupo de motivação. O resultado? Vitória por 3 a 1 em pleno Mineirão, diante de um público de 64.287 pagantes.
Sensação da importante competição nacional, o São Caetano, vice-campeão do Módulo Amarelo e responsável pelas eliminações de Fluminense, Palmeiras e Grêmio, foi o rival cruzmaltino na finalissíma. O duelo de número 1 foi disputado no Parque Antártica e acabou empatado em 1 a 1. A decisão ficou para o Rio de Janeiro, onde o Gigante da Colina contaria com o incentivo de sua apaixonada torcida.
Odvan, Romário e Viola erguem o troféu da Copa João Havelange- Foto: AFP
Em virtude da queda do alambrado de São Januário, a segunda partida, realizada no dia 30 de dezembro de 2000, precisou ser interrompida aos 23 minutos da etapa inicial e, após uma longa disputa nos bastidores, foi remarcada para o Maracanã, praticamente três semanas depois. Na ocasião, com gols de Juninho Pernambucano, Jorginho Paulista e Romário, o Vasco da Gama bateu o São Caetano por 3 a 1 e alcançou seu quarto título nacional.
Campeonato Brasileiro 2000- Final