Paulo Vitor completou 19 anos no mês passado, ainda está no início de sua carreira profissional, mas já acumula experiências de dar inveja a inúmeros jogadores mais velhos. Artilheiro e grande nome do sub-20 durante a vitoriosa temporada de 2017, o atacante já vestiu a camisa amarelinha e teve seu nome ser gritado no Maracanã, maior palco do futebol brasileiro, pela imensa torcida cruzmaltina, um privilégio para poucos.
Jorginho e Paulo Vitor conversam durante intertemporada- Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.brNos últimos meses, entretanto, apesar de ter sido utilizado em diversas ocasiões, incluindo partidas da Conmebol Libertadores, não conseguiu brilhar. Agora, sob o comando de Jorginho, treinador que o convocou para os primeiros treinamentos na equipe principal, o talentoso jovem quer dar a volta por cima, recuperar o tempo perdido, mostrar que a confiança depositada pelo clube em seu futebol não é em vão.
– O Jorginho é uma pessoa especial e que sempre me tratou com muito carinho. Ele me observa e me passa confiança desde que eu tinha 16 anos. Ele queria me usar quando eu ainda estava no sub-17, mas estava com problemas de lesão e não pude jogar naquela época. Essa volta dele me deu um gás e trouxe de volta a minha confiança. Entrei em campo para disputar aquele amistoso muito motivado e tudo deu certo, graças a Deus – afirmou o atacante.
Quando fala em amistoso e festeja a boa exibição, Paulo Vitor não está falando da boca para fora. No primeiro desafio do Vasco desde o início do recesso para a Copa do Mundo, o jogo-treino contra o Madureira, o prata da casa brilhou. Em Pinheiral, no sábado (07/07), o promissor atacante marcou um gol e deu uma assistência. O excelente rendimento, porém, não é fruto apenas do retorno de Jorginho.
– Conversei com o Jorginho e disse que vou buscar sempre o melhor para o Vasco e para o grupo, independente da posição, mas que onde me destaquei e fui mais feliz foi jogando de centroavante, na função do camisa 9. Ele me deu a oportunidade de jogar nessa posição e procurei dar o meu melhor enquanto estive em campo. Consegui fazer um bom amistoso, mas sei que preciso continuar trabalhando para reconquistar meu espaço – disse o prata da casa.
Paulo Vitor trabalha forte para recuperar boa fase- Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.brPara se firmar de vez em São Januário, Paulo Vitor tem feito trabalhos extras e seguido à risca os conselhos dos atletas mais experientes do grupo vascaíno. Se no ano passado quem o adotou foi o multicampeão Luis Fabiano, em 2018 quem tem feito o papel de “paizão” do atacante é Ramon. O apoio do lateral-esquerdo foi bastante festejado pelo atacante, que almeja ser no profissional o jogador decisivo que era nos tempos de sub-20.
– Cresci ouvindo muitas pessoas dizerem que temos que ter a ambição de crescer e evoluir todos os dias. Eu busco fazer o meu melhor em todos os treinamentos e gosto sempre de escutar os mais velhos. Tenho o apoio da minha família, dos verdadeiros amigos, dos meus companheiros. Tive uma grande experiência no ano passado, pois pude conviver com o Luis Fabiano. Ele era um cara que puxava minha orelha e cobrava muito, principalmente quando eu estava de titular e jogando na posição dele. Isso foi muito importante para mim naquela época – declarou Paulo Vitor, complementando na sequência.
– Outro jogador que agradeço bastante é o Ramon. É um cara que está sempre conversando comigo, dando conselhos, procurando me ajudar. Esteve comigo nos momentos que mais precisei. Tem também o pessoal que jogou comigo na base. Estamos unidos e trabalhando firme para mostrar que a base do Vasco é forte. Eu quero dar a volta por mim. Eu sei que muitos duvidam do meu potencial, mas confio em mim e sei que ainda vou dar muitas alegrias para os vascaínos. Esse é o meu grande desejo para 2018. Quero voltar a ser o Paulo Vitor da base, o Paulo Vitor artilheiro, goleador, decisivo e com espírito de Vasco, de luta e determinação – concluiu o garoto.