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Futebol

Quarta-feira, 17/06/2020

Em live com a Vasco TV, Morais declara amor ao clube e crê em sucesso de Ramon Menezes

A Vasco TV recebeu nesta terça-feira (16/6) mais um “visitante” ilustre: Morais. O agora ex-jogador – anunciou sua aposentadoria na semana passada – de 35 anos foi homenageado durante a live no canal oficial do Cruzmaltino, relembrou histórias do início de carreira, quando deixou Maceió ainda adolescente e mostrou que ainda ama o Vasco, clube que ele já torcia antes de chegar em São Januário.

– O Vasco é um clube que está em mim desde o início, permaneceu e vai continuar. Se eu poderia me afastar um pouco seria na adolescência, período em que você tem muitas tentações na vida e na juventude. Só que me tornei jogador de futebol e vesti a camisa do Vasco. O Vasco virou parte minha, e eu vou carregar a Cruz de Malta para sempre – disse.
Morais também recebeu um recado especial. O agora técnico Ramon Menezes, que já experiente, atuou com a então jovem promessa do Cruzmaltino em 2002 e 2006, gravou um vídeo especial para o alagoano, relembrando aquele tempo e elogiando a qualidade do meia. Ele agradeceu e contou uma história da primeira vez que foi relacionado como profissional:
– Ramon de treinador e o Lopão de diretor. Os caras com história de vencedor e no clube. Acho que o presidente fez as escolhas certas, tem tudo para dar certo. Na minha estreia em 2002, a primeira concentração foi com Ramon. Pense… Fiquei totalmente travado. Depois Ramon saiu e voltou, a gente jogou junto e aí quebrou o gelo. Me ajudou muito, é craque, né? Ele sabe o caminho. Sem dúvida alguma ele vai facilitar esse acesso da garotada. O Ramon vai saber filtrar bem o caminho dessa molecada e até certo ponto simplificar.

OUTRO TRECHOS DO BATE-PAPO
Edmundo e Romário
Jogar com Edmundo e Romário era sonho de menino. Fui para o Vasco em 1998, e o Edmundo arrebentou no Brasileiro de 97. Não esperava jogar com Edmundo. E jogar com Romário, pelo amor de Deus… Realização maior ainda. Tive esse privilégio de jogar com essas duas feras.
São Januário e Maracanã
Jogar em São Januário é uma atmosfera única. Sempre tive o sonho de jogar no Maracanã, que é um dos grandes estádios do mundo, se não o maior. Depois que passei a jogar em São Januário, já não fazia mais tanta questão de jogar no Maracanã. Adorava jogar em São Januário por causa da atmosfera. Ali a gente tinha uma torcida mais próxima, era o Caldeirão. Minha mãe lembra até hoje: “meu filho fazia o gol e aparecia o nome dele no telão”.
Início
Copa Gazetinha, no Espírito Santo, a gente disputava em janeiro. Eu fui pelo CRB, e a gente jogou a semifinal contra o Vasco. Gostaram muito de mim e do Diogo, outro garoto daqui. Mandaram passagem para nós e já nos mandamos para lá.
Chegada ao Rio
Em 1998, com 13 anos, saí de Maceió para morar embaixo da arquibancada de São Januário. O início foi convencer minha mãe deixar até porque eu sou caçula. Também não me vejo daqui a dois anos deixando meus filhos pegarem um avião e irem para o Rio de Janeiro. Eu passava o ano inteiro fora. Tenho gêmeos, um canhoto e outro destro. Eles têm qualidade. Até hoje ela conta que ia para o jardim de casa, olhava para o céu e entregava para Deus. Falo para minha mãe: “Como vou deixar esses moleques irem para o Rio?”. E ela diz: “Meu filho, eu também não queria que você fosse e entreguei nas mãos de Deus”.
Comunicação com a família
Existia um orelhão na pousada do Almirante, que hoje está coisa linda. E tinham os dois orelhões do campo de São Januário. Até às 11h ficava aberto o portão, e o segurança deixava a porta aberta. Às vezes minha mãe ligava lá dentro da diretoria, e eles iam me chamar na diretoria.
Negociação com o CSA
Sempre fui torcedor do Vasco, claro que quando a gente é profissional deixa isso um pouquinho de lado. No ano passado, eu estava no Rei Pelé com os meus dois filhos. Estava rolando um papo de eu ir para o CSA, e o Vasco ia jogar contra o CSA no ano passado. Aí fui deixar meus dois filhos para entrarem em campo com a camisa do Vasco e comigo uniformizado, aí babou (risos)…
Golaço o segurou no Rio
Na minha estreia (no sub-15), eu estava ainda no período para tentar permanecer no Vasco e fiz três gols num amistoso em Minas Gerais, que era muito para quem não estava jogando. Estava no banco desse time, fiz três gols, um deles de bicicleta. Isso ajudou a me segurar (risos).


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