Sábado, 28/01/2012
Há 107 anos, nascia Fausto, o Maravilha Negra
Fausto, o Maravilha Negra, um dos maiores meio campista de todos os tempos, fiaria 107 se ainda estivesse vivo. Nascido em Codó, no Maranhão, foi trazido, ainda novo, para o Rio de Janeiro, na época capital brasileira, pela família que estava fugindo da seca no nordeste. Começou sua carreira no Bangu, onde chamou a atenção do técnico vascaíno Henry Welfare.
Como gostava muito de seus companheiros e do clube, demorou a aceitar o convite para jogar no Vasco. O que ocorreu devido à influência dos jogadores vascaínos, principalmente do seu amigo Tinoco. Assim, Fausto levou seu divino domínio de bola, raça e espírito de liderança para São Januário.
Chegou à Colina Sagrada em 1928. No ano seguinte, ao lado de Mola e do amigo Tinoco, formou uma das linhas médias mais célebres da história do futebol, conquistando o Campeonato Carioca de 1929 com 15 vitórias, sete empates e apenas uma derrota. Por causa de suas apresentações com o manto cruzmaltino, foi convocado para a Seleção Brasileira que iria disputar a primeira Copa do Mundo, em 1930, no Uruguai.
O Brasil foi eliminado na primeira fase do mundial, recebendo duras críticas. O único a se salvar delas foi Fausto, que “gastou a bola” nos gramados uruguaios, recebendo o apelido de “Maravilha Negra” da imprensa local.
Fausto passou a ficar gripado frequentemente, comprometendo suas participações nos jogos do Vasco. Eram os primeiros sintomas da tuberculose e as primeiras marcas de sua vida boêmia. Dentro de campo, contudo, continuava a encantar a plateia, principalmente os vascaínos.
Após uma excursão para a Europa, Fausto, junto com o goleiraço Jaguaré, foi transferido para o Barcelona da Espanha – o jogador havia brilhado diante dos catalães em um amistoso. Ainda passou pelo Young Fellows, da Suiça, e pelo Nacional, do Uruguai.
Fausto ainda retornou ao Vasco para conquistar o Campeonato Carioca de 1934 ao lado de grandes craques como Rei, Itália, Mola e Domingos da Guia. Morreu em 1939 decorrente da sua tuberculose.