Futebol
Terça-feira, 09/07/2019
Passado e presente: Mauro Galvão e Ricardo Graça batem papo em São Januário
São Januário está sempre de portas abertas para grandes ídolos do Vasco. Recentemente, um dos maiores zagueiros da história do clube visitou a Colina Histórica e encontrou uma das promessas do atual elenco na posição. Mauro Galvão, capitão do título da Libertadores em 1998, encontrou com Ricardo Graça e bateu um papo com o defensor do elenco principal do Cruzmaltino. O eterno camisa 4 vascaíno relembrou da época em que Ricardo chegou ao clube, quando ele era o coordenador das categorias de base e elogiou o atual momento do garoto.
Mauro Galvão e Ricardo bateram papo no gramado de São Januário (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)
– Ele está muito bem. É uma satisfação muito grande ver um jovem como ele, que tive a oportunidade de trabalhar junto. Ele, Andrey, Mateus Pet, Douglas e vários outros jogadores que se destacaram naquela época. Fico muito feliz de ver o Ricardo e o Andrey ainda vestindo a camisa do Vasco. Não dá para comparar o que tivemos em 97 e 2000, quando eu tinha experiência e um time formado aqui, mas sim quando comecei. Tudo é novo, tudo é aprendizado. Estamos sempre atentos, ligados e ele é um garoto com bom comportamento. Leva a sério o futebol e sabe a importância disso. O Vasco é um dos maiores clubes do Brasil e também do mundo – disse Mauro, antes de Ricardo completar:
– Não peguei ele jogando, nasci em 97, mas sei que ele ganhou títulos importantes daqui: Brasileiro, Libertadores, Mercosul. Mas é um espelho. Muita gente diz que pareço um pouco com ele jogando. Se eu jogar um décimo do que ele jogou, já estou realizado. Acho que é uma referência muito boa e espero da mesma forma que ele trilhou uma grande carreira aqui, espero ganhar títulos pelo Vasco, que é o que está faltando.
As características de Ricardo Graça e Mauro Galvão são parecidas. Nenhum dos dois tem o biotipo físico da maioria dos zagueiros, que geralmente são altos e fortes. A dupla sempre conseguiu destaque na posição mesmo tendo perfis diferentes do habitual, já que ambos são magros e mais baixos que a média do setor. Para Ricardo, que foi eleito pela torcida o destaque do Vasco no mês de Junho pela conta oficial do Campeonato Brasileiro, eles precisam tirar essa desvantagem física na inteligência.
Dupla posou com a taça da Libertadores, que Mauro Galvão ergueu em 98 (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)
– É o posicionamento e o timming da jogada. Geralmente os atacantes são mais fortes do que eu, então tento sempre antecipar. As vezes você nem precisa tocar na bola. Só no posicionamento você já tira o cara da jogada. Cada jogo é uma superação. Quando você é mais fraco fisicamente, é necessário se impor de várias formas. Velocidade, inteligência e posicionamento – disse o garoto, que teve na palavra do ídolo a certeza de que tem andado no caminho certo:
– O Ricardo matou. É exatamente isso. Eu escutei muito essa pergunta quando jogava. Uma coisa importante no futebol: tem a bola. Você tem sempre que visar ela. O atacante que você marcar, tem que saber dominar a bola. Se ele errar um pouquinho, você já consegue tirar. Ali atrás não pode erra, tem que definir. Ou você pega a bola, ou para a jogada.
Ricardo e Mauro Galvão em São Januário (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)