Quinta-feira, 14/11/2019
Tratamento intensivo e dedicação: como Ricardo jogou o Clássico dos Milhões
Evolução da coxa esquerda do zagueiro Ricardo Graças após 48 horas da pancada
Um brilhante trabalho do departamento médico do Vasco da Gama, entretanto, fez o jovem defensor se recuperar de forma rápida e ficar à disposição do treinador Vanderlei Luxemburgo para o importante duelo contra o Flamengo. O processo de recuperação foi feito de forma integral, com direito ao uso de um aparelho de eletroestimulação durante o voo de volta de Maceió.
– Ele sofreu um forte trauma na coxa esquerda na partida contra o CSA e isso provocou um rápido aumento do volume da coxa. A principal preocupação médica foi a de excluir lesões vasculares que pudessem gerar sequelas graves. Como o exame clínico do atleta não evidenciou tais lesões, iniciou-se um protocolo de tratamento intensivo – explicou o coordenador médico Rodrigo Furtado, acrescentando na sequência.
– Realizou-se ressonância magnética para verificar o dano muscular e esse exame mostrou que apesar dos edemas e hematomas, a musculatura era viável, assim atleta pôde seguir com as medidas de tratamento que tornaram possível sua participação e boa performance nesse clássico contra o Flamengo – declarou um dos integrantes do departamento médico do Gigante da Colina.
Ricardo teve uma grande atuação no Clássico dos Milhões- Foto: Rafael Ribeiro/Vasco.com.br
Bastante dedicado ao longo do processo de recuperação, o zagueiro Ricardo Graça agradeceu aos profissionais do clube pelo trabalho desenvolvido nos últimos dias. O camisa 36 também fez um balanço do desempenho cruzmaltino no Clássico dos Milhões, valorizando o comprometimento coletivo e a estratégia traçada pelo treinador Vanderlei Luxemburgo.
– O trabalho do departamento médico foi fundamental para eu estar em campo ontem. Quando acabou o jogo contra o CSA, eu não conseguia andar, sai de campo com a coxa muito inchada. Todo mundo ficou assustado e preocupado. Comecei a recuperação lá mesmo, com os fisioterapeutas e os médicos, e isso desinchar bastante. Queria muito jogar essa partida e por isso tratei de dia, de tarde e de madrugada. Teve dia que fiquei tratando até duas da manhã. Parabenizar e agradecer ao departamento médico por tudo – afirmou Ricardo, complementando logo depois.
– Hoje todo mundo se estuda e se vê. A estratégia do professor Luxemburgo foi de esperá-los e marcar forte a partir do momento que eles entrassem no nosso campo. Quando recuperássemos a bola, até por eles jogarem com a linha alta, tínhamos que acionar os nossos velocistas, Rossi e Marrony, pois assim iríamos chegar rápido no gol deles. Foi o que aconteceu. A gente jogou muito e se era para alguém sair vencedor, esse alguém era o Vasco – finalizou o zagueiro.
PALAVRA DA EQUIPE DE FISIOTERAPIA
O processo de recuperação se iniciou dentro do hotel, logo após o jogo contra o CSA, e prosseguiu no dia seguinte, durante o voo de volta ao Rio de Janeiro. Ao desembarcar na Cidade Maravilhosa, o atleta levou para casa um aparelho de eletroestimulação para dar continuidade ao tratamento, visando controle da dor e estímulo ao reparo tecidual.
12/11 (terça)- Tratamento intensivo e participação no treino fechado
O defensor participou normalmente do treino, que foi fechado para a imprensa, e aumentou a confiança por parte do departamento médico e comissão técnica na sua escalação para partida. Ainda nesse dia, o jogador seguiu tratando de forma intensiva com a equipe da fisioterapia na concentração, durante a noite e início da madrugada, visando aumento do conforto e confiança para uma boa performance ser potencializada.
“O tratamento continuou pelo final da manhã, mais focado em movimentação, sem esgotar fisicamente o atleta para o jogo da noite. Medidas de drenagem, aquecimento e bandagem são mantidas e intensificadas no vestiário. Ricardo utilizou uma vestimenta de compressão para auxílio no controle da dor e proteção local durante a partida, onde conseguiu atuar normalmente e ter um bom desempenho.