Quarta-feira, 18/04/2018
Vasco levou a melhor na última partida contra o Racing em Avellaneda
Nasa, Mauro Galvão, Evair e Juninho atuaram no El Cilindro em 97- Foto: Agência Estado
– Mesmo tendo o Campeonato Brasileiro como objetivo principal, o grupo foi para essa partida buscando representar da melhor forma possível a tradição do Vasco. Nossa equipe tinha atletas formados na base e que possuíam muita identificação com o clube e a torcida. O desejo de todos de se firmar no Vasco era enorme. Jogamos com muita motivação e empenho. Fora de campo, até que as coisas foram tranquilas. Dentro de dele, porém, a rivalidade faltou mais alto. A pressão foi grande, tinha muita gente no estádio, mas isso não nos intimidou em nenhum momento – relembrou o ex-volante Luisinho Quintanilha.
O Gigante da Colina atuou no “El Cilindro” sem algumas peças importantes, casos, por exemplo, do goleiro Carlos Germano e do atacante Edmundo. Mesmo desfalcado de duas de suas referências, o Vasco da Gama não adotou uma postura defensiva, muito pelo contrário, procurou encarar o Racing Club de igual para igual. A estratégia surtiu efeito e a equipe de São Januário saiu de campo vitoriosa.
O triunfo cruzmaltino sobre o clube do bairro de Avellaneda foi pelo placar de 3 a 2 e começou a ser construído ainda na etapa inicial, por Ramon. Os argentinos empataram no início do segundo tempo, mas Nasa tratou de recolocar o Almirante em vantagem logo em seguida. O Racing chegou a igualar o placar outra vez, mas no apagar das luzes, Luis Cláudio finalizou com perfeição e decretou a vitória brasileira.
– O grupo era incomparável. Existia um companheirismo e uma sintonia muito grande entre todos nós. Encarávamos esses jogos na Argentina com sangue nos olhos. Quando se defende uma instuição grande como o Vasco, tem que ser dessa forma, o empenho precisa ser total, até porque você tem uma responsabilidade enorme. Nós sabíamos o peso dessa camisa. Eu, particularmente, até por ter encontrado muita dificuldade antes de chegar no clube, encarava cada jogo como se fosse o último. Eu defendia o Vasco com toda minha alma e coração sempre. Nessa partida, não foi diferente e acabei sendo abençoado com um gol. Foi um dia inesquecível – disse o ex-volante Nasa.
Se repetir o resultado conquistado há 21 anos, o Gigante da Colina igualará o Racing em número de pontos e encerrará a rodada entre os líderes de sua chave. Autor do primeiro no duelo pela Supercopa, o ex-meio-campo Ramon acredita que o time vascaíno possui plenas condições de conquistar os três pontos em Avellaneda. Hoje treinador da Tombense (MG), o ídolo afirmou que o Almirante está no caminho certo.
– Jogar na Argentina, diante do Racing, tem sempre um grau de dificuldade tremendo. Os jogos são muito complicados. Foi assim em 1997, quando vencemos e eu tive a felicidade de marcar um gol. Apesar de estar na Tombense, tenho acompanhado o clube e classifico o trabalho do Zé Ricardo como belissímo. O Vasco possui um time muito organizado e tem bons valores. Uma pena ter perdido o Paulinho num momento tão importante. A partida não será fácil, as dificuldades serão enormes, mas o time vem jogando um bom futebol e acredito que o torcedor pode ficar bem confiante para esse jogo – concluiu Ramon Menezes.
FICHA TÉCNICA
Racing Club (ARG) 2 x 3 Vasco da Gama
Supercopa da Libertadores- 2ª fase