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Quarta-feira, 12/01/2022

Anderson Conceição revela passado vascaíno e se emociona na apresentação oficial

Logo após Raniel vestir pela primeira vez a camisa vascaína, foi a vez de Anderson Conceição ser apresentado oficialmente pelo Gigante da Colina. Contratado após fazer história no Cuiabá (MT), o experiente defensor de 32 anos chega ao Vasco da Gama para realizar um sonho de infância, já que o Cruzmaltino sempre foi o clube do seu coração.

– Com certeza maior desafio da carreira, por isso aceitei. Por ser vascaíno, por ter família vascaína. Clube passando por um momento de reconstrução, maior desafio da carreira, sim. Quando avisei minha família que viria para cá foi uma festa. Vou trabalhar bastante junto com o grupo para colocar o vasco na Série A. Se tiver que cobrar vou me cobrar, sim, não podemos acomodar – afirmou o camisa 4.

Essa não será a primeira vez que Anderson Conceição vestirá a camisa cruzmaltina. Antes de rodar o Brasil e atuar no exterior, o zagueiro passou pela base vascaína e chegou até a morar na Pousada do Almirante, localizada no Estádio de São Januário. Nesse período, conviveu com importantes atletas revelados pelo clube, casos de Souza, Alan Kardec, Alex Teixeira e Philippe Coutinho.

– Minha chegada aqui na base foi engraçada. Sou do sul da Bahia e minha mãe teve que trabalhar em três lugares para comprar uma passagem de ida para mim. Foi por ela também que eu falei que sairia de casa e só voltaria quando virasse profissional. Passei no teste do Vasco e liguei avisando que não voltaria mais – disse Anderson, acrescentando na sequência.

– Me marcou muito na época porque sou daquela geração de guerreiros, que não desiste, persevera. Muitos jogadores da minha época passaram aqui e me mandaram mensagem: ‘Irmão, você voltou para casa, joga por nós porque a gente não conseguiu jogar no profissional do Vasco e você está tendo essa oportunidade, então honre essa camisa’. Eu sou muito trabalhador. Não vim para passear no Rio de Janeiro, estou chegando para vencer com essa camisa do Vasco e pelos meus companheiros também – finalizou.

Confira outros trechos da entrevista coletiva do zagueiro Anderson Conceição:

– Escolha pelo número 4

“Número pesado o 4, sempre gostei de jogar com ele. Quando acertei o contrato perguntei se a camisa 4 estaria disponível, por ter sido do Mauro Galvão, lendário jogador que vestiu essa camisa”

– Maior desafio da carreira?

“Com certeza maior desafio da carreira, por isso aceitei. Por ser vascaíno, por ter família vascaína. Clube passando por um momento de reconstrução, maior desafio da carreira, sim. Experiência na Série B – O Zé (Ricardo) me ligou, foi bom. Pela minha experiência, essa vai ser minha oitava série B. Ganhei três. Conheço alguns atalhos, algumas iscas da competição. Último clube que passei (Cuiabá) fiz uma história linda, quero fazer aqui também”

– Impressões do grupo

“Minha recepção foi muito boa, desde o porteiro ao Brazil. Importante trabalhar com ambiente leve. Você precisa ter um trabalho focado, não só com 11 jogadores, mas um coletivo que queira a mesma coisa, blindar esse grupo. Teremos momentos bons e ruins, mas não podemos sair dos trilhos. Esse é o caminho. Diretoria está selecionando bem, competição exige muito, essa vai ser a mais difícil de todas que joguei. Não é só técnica, mas um conjunto de coisas, muitas vezes vai ser mais na raça. Temos que entrar com essa mentalidade de time aguerrido e que sabe onde quer chegar”

– Treinos no Vasco

“No nosso dia a dia vamos construindo um grupo. O Zé tem uma metodologia diferente, gosta de trabalhar as linhas, com time reativo, que marca na frente. Vamos nos conhecendo aos poucos, tem jogador chegando ainda, vamos levar um tempinho para adaptar. Vamos tirar de letra”

– Dificuldades da Série B

“Você muda muito de um jogo pro outro, enfrenta o Grêmio e depois o Brusque. Campos e logísticas diferentes. Temos que nos adotar, trabalhar a cabeça para vencer o jogo. O mais importante na série b é continuar somando e chegar no final dentro do bolo. Posição em campo – Sempre procurei aprender sobre posicionamento, trabalhar meus defeitos. Meu posicionamento na área é bom, mas vamos trabalhar para errar o mínimo possível, porque as competições exigem isso”


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Cruz de Malta

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