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Quarta-feira, 01/09/2021

Leandro Castan concede entrevista coletiva no CT Moacyr Barbosa

Na tarde desta quarta-feira (01/09), o capitão Leandro Castan concedeu uma entrevista coletiva no CT Moacyr Barbosa. Nesta temporada, o Vasco se tornou o Clube que o camisa 5 mais atuou na carreira, ultrapassando o Corinthians, foram 128 jogos pelo Almirante desde a sua chegada. Castan se mostrou muito grato ao clube por ter reaberto as portas para desempenhar seu trabalho e revelou estar se dedicando muito para ajudar o Vasco a retornar à primeira divisão.

Leandro Castan concede entrevista coletiva no CT Moacyr Barbosa (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

– Acho que Deus me deu uma missão aqui nesse clube. Em 2014, o médico falou que eu não voltaria a mais jogar futebol (cirurgia no cérebro). Depois da operação, tive empréstimos até chegar ao Vasco. E aqui tenho mais de 120 jogos. Consegui fazer aquele diagnóstico dar errado. Eu passei por momento muito difícil no clube, onde a gente não vê luz e solução. Aí olhamos para trás para vermos o que fizemos parar jogar num clube tão importante. Quando terminar a carreira, vou resumir em superação. Comecei no Atlético-MG, passei pela Suécia, Barueri, Corinthians, onde consegui títulos importantes da minha carreira, Seleção, Roma. Vim para o Vasco. Agora esse ano estar dando volta por cima após cair para a Segunda Divisão. Quero ajudar o Vasco voltar à Série A e estou me dedicando muito. Quando a gente tiver na Série A, vou poder dizer que dei a volta por cima.

Leandro Castan possui o melhor aproveitamento do elenco vascaíno nesta temporada. O capitão disputou 25 partidas até o momento, com 14 vitórias, seis empates e cinco derrotas. O aproveitamento com ele é de 63%. O capitão vascaíno no entanto dividiu todos os méritos com seus companheiros, o camisa 5 disse saber de sua importância para o grupo e ressaltou que se todos não estiverem na mesma sintonia, de nada vale o esforço.

Leandro Castan revelou o desejo de garantir o acesso com o Cruzmaltino (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

– Sei da importância que tenho no time e no clube, mas não me considero tão importante assim. Acho que sou mais um nesse mecanismo que é o futebol, ninguém joga sozinho. Esses números são até ilusórios. Sei que sou capitão do time, que a rapaziada me olha diferente, mas sem eles eu não seria nada. Não só um jogador faz diferença, todos podem ajudar, mas se todos não estiverem na mesma sintonia nada vale.

Confira outros trechos da coletiva: 

Relação com o Lisca

Eu sigo o trabalho dele faz tempo. Joguei junto com o Marcio, auxiliar dele, no Barueri. No passado recente, o Lisca sempre foi muito especulado aqui no clube. A gente teve assim um contato informal. Agora, trabalhamos junto. A relação é muito boa. Ele me surpreendeu positivamente. Se fala do “Lisca Doido”, mas algumas pessoas não olham que é um grande treinador. Deu para ver essa semana que ele teve tempo para treinar. Ficou claro. Jogamos muito bem contra a Ponte Preta, o time colocou tudo em campo o que ele treinou com a gente. Ele realmente conhece de futebol.

Chances de acesso

Já falei várias vezes que o Vasco foi fundamental para a minha retomada, era um momento difícil da minha carreira, e o Vasco abriu as portas. A gratidão é para sempre. Acho que a gente está se dedicando muito, é claro que às vezes o resultado não tem mostrado isso, mas a gente vai fazer de tudo. A matemática não é importante agora. Mesmo com esses 14%, a gente só depende da gente. A gente tem mais uma final contra o Brasil. É pensar jogo a jogo, passo a passo e pés no chão. Não temos tempo para errar, mas saber que vamos dar o máximo. Essa mescla de juventude e experiência no final vai dar muito certo. Nesse jogo já mostrou Andrey e Caio Lopes fazendo gols, e eles precisam muito desse apoio de vocês.

Grupo jovem

Nosso desempenho não é bom, precisamos melhorar e queremos melhorar. Essa semana de trabalho foi muito boa para nós. E isso faz o futebol mais bonito: ter tempo para trabalhar. Acho que isso ficou claro. Essa mistura de jovens com experientes é o nosso grupo, mas com mais jovens. Acho que a gente tem que ter disciplina. Não me vejo com babá, de ficar orientando um e outro. A diretoria tem total respaldo nosso porque aqui não estamos brincando, não estamos num parque de diversões. Juninho e MT sabem onde erraram e onde têm a melhorar. Os outros acho que entenderam o recado através deles.

Preparação física

Eu continuo trabalhando muito forte aqui. Nesta temporada, a comissão que aqui está tem muita qualidade. Se eu falar o nome de um, pode gerar ciúme. O Daniel e o Luiz, a rapaziada da preparação física. Ficam na academia, têm feito um trabalho excelente. Tem me dado suporte. Fiz 15 jogos seguidos, quarta e domingo e me sinto bem fisicamente. Tive essa pequena lesão, saí de três jogos. Já voltei bem, joguei o jogo todo. Então, não preciso fazer nada em casa. Faço tudo aqui no clube. Chego cedo e vou embora quase à noite. Treino muito forte. Os números são bons, mas eu divido isso com a rapaziada. Ninguém joga sozinho. Eu tive uma experiência negativa no ano passado, até falei em entrevista para a Globo.com. Um certo período, no ano passado, eu morri e não conseguia mais jogar. Quem erra uma vez, não pode errar duas. Tenho me preparado muito melhor e sei o que tenho de fazer para jogar em alto nível.

Diferenças da Série A para a Série B

A grande diferença que eu vejo é a qualidade técnica. Na Série A, tem mais qualidade. Na B, o jogo é mais rápido e físico. Eu joguei duas Série B. Uma com o Atlético-MG e outra com o Barueri. Vejo diferença daquele tempo com agora. Hoje, o futebol está mais rápido e mais físico. Evoluiu muito taticamente, todo mundo sabe se defender e atacar. Os treinadores são mais preparados, ficou muito igual. Na Série A, estão os principais jogadores. Mas tem uma rapaziada de muita qualidade na Série B também.


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