Domingo, 04/04/2021
Marcelo Cabo valoriza evolução coletiva após triunfo sobre o Bangu
Com um time repleto de jogadores formados nas categorias de base, o Vasco venceu o Bangu por 4 a 2 no último sábado (03/04), pelo Campeonato Carioca. Ao final da partida, o técnico Marcelo Cabo concedeu uma entrevista coletiva e avaliou o desempenho da equipe. O comandante elogiou o comportamento do grupo, em especial o atacante Tiago Reis, mas lembrou que o time ainda está em construção.
– Foi um jogo muito bom dos meninos. Tinha muita convicção na nossa tomada de decisão pela resposta deles nos treinos. A gente tem treinado bastante, a parte física tem evoluído. Os meninos estão com outra passada, outra intensidade. Estou muito feliz. Do time que começou, todos eram formados aqui na base. Mas temos de ter calma, são meninos em transição e em formação. O que construímos no treino aconteceu no jogo. Eles saíram atrás do placar e viraram o jogo. Sobre o Tiago, ninguém é artilheiro da Copa São Paulo à toa. A gente tem trabalhado os fundamentos de um atacante e hoje ele foi premiado. A vitória é de todos. Mesmo com a nossa vitória contundente, o Vasco ainda está em construção. São seis jogos em 21 dias – avaliou o técnico.
O próximo compromisso do Gigante da Colina será pela Copa do Brasil, diante da equipe do Tombense, na quarta-feira (07), às 21h30, no Estádio Antônio Almeida. Foi visando esse importante confronto que Marcelo Cabo optou pela ausência de peças importantes diante do Bangu. A vitória pelo Campeonato Carioca, na avaliação do treinador, trouxe mais força e confiança para o duelo no meio de semana.
– Tivemos de equilibrar o elenco para ter time forte hoje e na quarta. A vitória de hoje nos dá confiança, o jogo é muito importante. Temos coisas a corrigir e evoluir, então, precisamos ter pés no chão. O Vasco é um time que tem de se acostumar a ganhar e até com placar elástico – declarou Marcelo Cabo.
Confira outros trechos da coletiva do treinador:
Tiago Reis
“Eu passo confiança a todos. Para ele, para o Riquelme, o João Pedro… A gente precisa fazer isso. Temos, especialmente, de potencializar a qualidade deles. Fizemos trabalho de finalização com o Tiago, então, surtiu efeito. No futebol, o segredo é o trabalho. Aí, o resultado aparece. Passei muita tranquilidade para eles fazerem o que sabem”
Categorias de base
“Fico feliz pela integração, o trabalho tem surtido efeito. Completo um mês hoje, estamos reconstruindo o elenco. É uma dificuldade, não tivemos férias e pré-temporada. Tenho de exaltar os meninos, a educação deles, a formação como homem, a dedicação deles nos treinos. Quero ressaltar que os jovens não são a solução, mas o suporte para mudar”
Substituições
“As três primeiras substituições que eu fiz foram pelos cartões. Tinham os jogadores pendurados. Precisei mudar, dando mais experiência com Andrey e Zeca e intensidade com o Galarza. Assim, encorpamos. O Andrey me dá a opção de proteção e sustentação. Ele é moderno, marca bem, distribui bem o jogo. Tem a bola aérea. Zeca e Galarza entraram bem também e, com isso, tivemos mais controle. É claro que trabalhamos isso dos meio-campistas, mas fiquei satisfeito. Foi a partir daí que ampliamos o placar e vencemos o jogo”
Invencibilidade e reforços
“Fico feliz, ainda não perdi. Queria ter mais vitórias, é isso que a gente busca. A média do time que começou hoje era de 19 anos. Jogadores mais experientes vão trazer mais equilíbrio e uma melhor competição no elenco. Estamos jogando duas competições, mas o começo também é de avaliação. A gente está se preparando… A gente finaliza a pré-temporada após o jogo contra o Flamengo. Ali, terei um time-base e passaremos a ter algumas definições. Quem ficará comigo, quem descerá para a base. Então, é um período de avaliação. Eu estou satisfeito. O elenco é fragmentado. Teve gente que foi contratado, que veio da base e que já era do elenco. É claro que gostaria de ter melhores resultados, mas conseguimos extrair coisas boas. Vão chegar jogadores, sim, mas com muito critério. Não vamos contratar por contratar”.
Jogo apoiado
“Eu não gosto de time que joga com bola longa. Ou só com a segunda bola. Isso é circunstância. Eu gosto de time que jogue aproximado, setorizando o jogo, com tabelas, triangulações e ocupação de espaços. E que a gente possa criar espaços, trocando corredores, com ultrapassagens dos laterais. Hoje funcionou muito bem”