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Bandeiras

Futebol Feminino – História

Inspirado nos Camisas Negras, time masculino do Vasco que lutou contra o racismo e conquistou o Campeonato Carioca de 1923, um grupo de sócias e torcedoras vascaínas se uniu para formar um time feminino, que recebeu o nome de Sport Club Feminino Vasco da Gama. Trata-se da primeira experiência do futebol feminino no C. R. Vasco da Gama.

Esse clube surgiu por iniciativa de sócias da agremiação cruzmaltina, que desejavam experimentar a prática do futebol. As Pioneiras Vascaínas, como atletas, foram: Nicia Barbosa (goleira), Isolina (zagueira), Izabel de Jesus Teixeira (zagueira), Enriqueta (médio), Isabel Puerta (médio), Virginia Clement (médio), Luiza (atacante), Mary de Castro (atacante), Regina Adolphson (atacante), Maria José (atacante) e Djanira Faria (atacante).

A sede social do S.C. Feminino Vasco da Gama era situada na Travessa do Torres, n° 15, residência do benemérito vascaíno Antonio da Fonseca Teixeira. A sede esportiva, onde as atletas treinavam e jogavam, ficava no campo da Rua Morais e Silva, na Tijuca, local onde também treinavam os Camisas Negras, campeões cariocas de 1923. O massagista da equipe era Adriano Rodrigues dos Santos, 2° Diretor de Desportos Terrestres do Vasco e um dos grandes responsáveis pela formação dos Camisas Negras.

TETRACAMPEÃO BRASILEIRO E UMA HISTÓRIA DE PIONEIRISMO

O Vasco voltou a ter futebol feminino na década de 90 quando em quatro oportunidades o clube sagrou-se campeão brasileiro – 1993, 1994, 1995 e 1998, tendo revelado inúmeras jogadoras para a Seleção Brasileira e para o mundo, tais como: Pretinha, Fanta, Cenira e Meg. Em 2000, quando sagrou-se campeão estadual, o Vasco contava com 5 jogadoras na Seleção Brasileira, que disputou os Jogos Olímpicos de Sydney.

Após esta fase, surgiu a jovem Marta, que veio de Alagoas para iniciar sua trajetória de sucesso no clube cruzmaltino e ser revelada para o mundo. Logo na sua primeira competição, Marta, hoje 5 vezes melhor do mundo, sagrou-se campeã brasileira sub-19, tendo sua primeira convocação para a Seleção Brasileira. Inicialmente, o clube tinha sua estrutura voltada para a categoria adulta. Contudo, em 2014, de forma pioneira no cenário nacional, criou todas as categorias de base.

Em 2009, quando reativou o departamento, o clube cruzmaltino lançou uma parceria com a Marinha do Brasil, cuja equipe adulta representa o Brasil em competições oficiais do calendário desportivo do Conselho Internacional do Desporto Militar – CISM. Esta equipe sagrou-se campeã mundial em 2009 (EUA), 2010 (França), e em 2011 (Rio de Janeiro, nos 5º Jogos Mundiais Militares).

Em 2012, o Gigante da Colina se tornou o primeiro time brasileiro a conquistar um campeonato mundial nas categorias de base. Em Portugal, o cruzmaltino derrotou o Atlético de Madrid-ESP por 1 a 0 e conquistou a Ibercup Sub-17. No mesmo ano, o clube foi a base da Seleção Brasileira que conquistou o Sul-Americano da categoria.

Uma temporada depois, em 2013, o time de São Januário voltou a fazer história. Também com seu grupo sub-17, o Vasco da Gama se sagrou campeão da primeira Copa do Brasil Escolar da categoria. Em 2014, com jovens da categoria sub-13, o Gigante se tornou o primeiro clube do país a participar de uma competição internacional masculina com um time feminino.

Atualmente, na Seleção Brasileira principal, o Vasco da Gama é representado pela meio-campista Angelina, cria da base cruzmaltina que esteve presente nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, e na Copa do Mundo da Austrália, em 2023.